Medidas ativas de controle de incêndios e explosões
A criação de um projeto de proteção contra incêndios e
explosões (denominado muitas vezes de PCI ou PPCI) é também de competência de
Arquitetos e Urbanistas; e requer um conhecimento especializado por parte dos profissionais,
desde sobre os mecanismos de combustão e formação do fogo até os materiais construtivos
e seu potencial contribuição para o incêndio. Assim, conhecer sobre as medidas
de controle é importante no processo de concepção projetual de qualquer
edificação na criação do PCI.
As medidas de controle contra incêndios e explosões estão
descritas em todas as legislações e normas técnicas do Corpo de Bombeiros de cada
estado brasileiro; bem como as especificações que devem constar nos projetos
para se obtenha o alvará de aprovação. Estas se dividem em medidas ativas, passivas
e preventivas: a primeira diz respeito a soluções que irão funcionar em caso de
ocorrência do incêndio; a segunda deve ser planejada no momento da concepção
projetual para retardar a ocorrência do fogo e a terceira deve funcionar constantemente
na edificação¹. Todas estas têm como objetivo principal evitar o início dos
focos de incêndio e garantir aos ocupantes uma saída rápida e segura da
edificação, além de proteger o patrimônio material e edificado².
Fonte da imagem: http://www.skop.com.br/2019/03/19/principais-medidas-de-protecao-ativa-contra-incendio-em-edificacoes/
As medidas de proteção ativa devem entrar em funcionamento
a partir do surgimento dos primeiros focos de incêndio; pois irão ajudar no
combate do fogo até a chegada da equipe dos bombeiros. Podem ser citadas como
estas medidas, a instalação de extintores (classificados de acordo com o grau
de risco da edificação) em pontos estratégicos na edificação; instalação de hidrantes
ou mangotinhos para extinção do fogo; detectores e alarmes de incêndio que
interligados aos chuveiros automáticos (sprinklers) contribuem para desaceleração
do fogo; para uso de iluminação e sinalização de emergência para guiar os ocupantes
às saídas de emergência; e sistemas de controle de fumaça¹,².
É importante citar que nem todas as edificações irão
precisar de todos estes sistemas instalados, pois irá depender de suas
condições de uso, classificação e carga de incêndio mediante análise das normas
técnicas. Além disso, a escolha apropriada e manuseio de extintores deve ser
feita por pessoal treinado; e a verificação anual das condições das medidas de
controle visa diminuir o risco de ineficiência ou mesmo de falhas.
¹ BRETANO, T. A
proteção contra incêndios no projeto de edificações. 3ed. Porto Alegre:
Edição do autor, 2015.
² COUTINHO, B. A.; CÔRREA, A. R. A
interpretação do controle de materiais de acabamentos e de revestimento no
processo de segurança contra incêndio e pânico. Engineering and Science,
v.5, n.2, 2016. Disponível em <http://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/eng/article/download/4347/2992> Acesso em Jul./2020.
Fonte da imagem do início: https://dprotecao.com.br/newsLetters/view/4
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