Madeira para tratamento acústico


A madeira é um dos materiais mais versáteis a serem utilizados na construção tanto de espaços externos quanto internos. Além de conferir um ar mais sofisticado e acolhedor a uma ambientação; este material possui ótimas propriedades em isolamento térmico e absorção sonora. Disponível em uma diversa cartela de cores, que varia desde os tons mais claros até os mais escuros; criam e inspiram cenários apropriados para muitos usos e atividades.   

O emprego da madeira no tratamento acústico pode ser visto sob a forma de painéis ripados ou perfurados, com enchimento ou não de materiais absorventes; forros; módulos difusores e no piso; contribuindo significativamente para a absorção sonora em frequências médias ou baixas¹. Assim, ela é fundamental para o revestimento de ambientes com muita palavra falada e música, desde a locais para grandes concertos até restaurantes com atrações ao vivo.

Atualmente, vários dos fabricantes de materiais acústicos tem trazido opções com bons níveis de desempenho, tanto no coeficiente de redução do ruído quanto no coeficiente de absorção de painéis ripados, perfurados e mistos. Destes é possível citar os revestimentos da OWA Sonex (www.owa.com.br) com a linha Nexacustic e da Hunter Douglas (www.hunterdouglas.com.br) com a linha Architectural, com valores acessíveis e alta disponibilidade de produtos. 
Um painel ripado (por exemplo da linha Nexacustic) pode absorver com coeficiente de α = 0,45 para médias e baixas frequências, e cerca de α = 0,60 para altas frequências. O poder de absorção vai variar conforme a taxa de perfuração, ou seja, quanto maior for essa área melhor será o seu coeficiente de absorção². Entretanto, ao combinar o painel de madeira com outros materiais absorventes, como as lãs de vidro, de rocha ou mineral, o potencial de absorção pode dobrar passando de α = 0,70.   

Diante da qualidade estética proporcionada pelo acabamento da madeira, seu uso é recomendado para grandes salas de concerto, escritórios, teatros, auditórios, ginásios de esportes, entre outros ambientes com uso similar. No caso de espaços com muitos instrumentos musicais, é importante levar em consideração se a espécie é resinosa (exemplo: o ébano), quanto maior for essa qualidade mais ela absorve as altas frequências.  

¹ LIMA, K. C. S. Materiais e frequências tratamento acústico: estudo de caso em teatro. In: Anais do IV CONACED - Congresso Nacional de Construção de Edifícios. Centro de Convenções de João Pessoa, 08, 09 e 10/08/2019.
² ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12.179 – Tratamento acústico em recintos fechados. Rio de Janeiro: 1992.   
Fonte da imagem do início: http://www.speeddry.com.br/painel-difusor-acustico

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