Acessibilidade na Cidade
Pensar em acessibilidade nos espaços urbanos é materializar
uma cidade para todos, onde as condições individuais não restringem o direito
de ir e vir, de conviver em sociedade e nem a cidadania, garantidos por nossa
Constituição Federal. Além disso, é promover um espaço democrático e inclusivo,
proporcionando a todas as pessoas com e sem deficiência, oportunidades iguais e
experiências¹.
Tal pensamento e preocupação não é recente, desde a criação
da Lei Federal n.º 10.098/2000 (Lei de Acessibilidade) e reforçado pela Lei
Federal n.º 13.146/2015 (Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência), que
as condições de acesso com segurança e autonomia deve ser garantido não apenas
em edificações, mas também em espaços urbanos como vias, praças, loteamentos, entre
outros.
Fonte: ABNT NBR 9050:2015.
A norma ABNT NBR 9050:2015 – Acessibilidade a
edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, recomenda a adoção
de boas condições de dimensionamento e organização dos espaços urbanos com
atenção aos cruzamentos; passagens de pedestres; praças com equipamentos e
mobiliários bem localizados e dimensionados; e em especial garantindo a
existência da calçada com faixa livre: espaço livre de circulação sem a
presença de obstáculos, vegetação, equipamentos urbanos e mobiliários, devendo
possuir no mínimo 1,20m de largura.
É importante a presença da demarcação das rotas acessíveis
com sinalização adequada e piso tátil, interligando as edificações, aos
estacionamentos, às calçadas rebaixadas. Este piso que quando direcional indica
o sentido de deslocamento e quando de alerta indica a presença de perigos e obstáculos;
pode no espaço urbano ser usado por pessoas com deficiência (principalmente
visual) e sem deficiência. Isto porque ele funciona como um elemento de
orientação espacial e de reconhecimento dos lugares.
Fonte: http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/Cartilhas/manual-desenho-universal.pdf
Assim, de acordo com Teske et al. (2017) “Em qualquer
projeto, prioriza-se o ser humano como centro gerador e, nos espaços
construídos, busca-se a melhor condição de uso, função, segurança, bem-estar e
acesso. Mas a qual ser humano nos referimos?”² Essa pode ser a melhor reflexão
a ser feita quando pensamos em acessibilidade na cidade...
Fonte: http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/Cartilhas/manual-desenho-universal.pdf
¹ PRADO, A. R. de A.;
LOPES, M. E.; ORNSTEIN, S. W. Desenho Universal: caminhos da acessibilidade
no Brasil. São Paulo: Annablume, 2010.
² TESKE, O.; SCHNEIDER, L. A.; FERNANDES,
I.; LIPPO, H.; FAGUNDES, S. Sociologia da Acessibilidade. Curitiba:
InterSaberes, 2017.
Fonte da imagem do início: http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/Cartilhas/manual-desenho-universal.pdf
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