Por que fazer uma Avaliação Pós-Ocupação?



Em tempos de novidades nos processos construtivos, exigências por projetos mais complexos e surgimento de normas de qualidade e desempenho nas edificações, aplicação do Código de Defesa do Consumidor que se materializa a importância de fazer uma Avaliação Pós-Ocupação; por dar voz à opinião dos usuários e identificar sucessos e fracassos no processo criativo¹.

A Avaliação Pós-Ocupação ou simplesmente APO, consiste em uma averiguação das condições de uso das edificações, passado um tempo depois de sua efetiva ocupação²; ou seja, é necessário que os usuários tenham se instalado e vivenciado o dia-a-dia nos espaços construídos. Assim, edifícios de apartamentos; escritórios; clínicas; centros comerciais; residências; etc, podem ser vistoriados por um grupo multidisciplinar de profissionais para avaliar a estrutura, o conforto, a organização espacial, a qualidade das instalações, entre outros aspectos sob a ótica dos ocupantes. 

Diante disso, por que fazer uma APO? Simplesmente para saber na opinião e vivência do usuário? Ou para ter em mãos um poderoso dossiê com a descrição dos pontos do planejamento e execução que merecem mudanças em projetos futuros? Por todos estes motivos e porque a NBR 15.575:2013 apresenta alguns parâmetros essenciais ao bom funcionamento das edificações e estabelece a relação de vida útil dos sistemas prediais. Além de trazer recomendações sobre a manutenção que todos os sistemas prediais devem ter. Assim, tem-se na APO uma forma de identificar o grau de conformidade do projeto.

É importante salientar que há diferença entre a APO e a avaliação técnica; a segunda, visa a averiguação das condições de funcionamento sem a inserção da variável humana, ou seja, não coleta a opinião dos usuários.





  

¹ SILVA, L. S. Aplicação de Avaliação Pós-Ocupação (APO) em ambiente escolar. Monografia (Bacharel em Engenharia Civil), Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2016. Disponível em: <http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10018771.pdf> Acesso em nov./2019.
² ORNSTEIN, S. W.; ROMÉRO, M. (coord) Avaliação pós-ocupação (APO) do ambiente construído. São Paulo: Studio Nobel, 1992.
Fonte da imagem do início: https://www.ofitexto.com.br/comunitexto/da-avaliacao-pre-projeto-a-avaliacao-pos-ocupacao/

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