Atenuação sonora, o que significa?


Sabe-se que os ruídos urbanos (aqueles presentes no trânsito; nos veículos; nas ações humanas; etc.) ou até mesmo quaisquer dos ruídos externos podem prejudicar a qualidade de vida da população; porque interferem no sossego dos ambientes internos. Ainda que os interiores tenham isolamento acústico, não é saudável um ambiente urbano barulhento ou com elevados níveis de ruídos¹. Então, ao estudar as condições do ambiente acústico interno, é importante considerar também o ambiente externo.  


Muitas soluções podem ser aplicadas aos espaços internos para eliminar os níveis de ruído: é possível investir em forros, cobertas, lajes, pisos, paredes e há uma vasta gama de revestimentos e esquadrias acústicas para tal fim. Contudo, no tratamento dos ruídos em meio urbano, é preciso reduzir os níveis percebidos desde a fonte². Assim, a atenuação sonora será o resultado de um conjunto de técnicas e mecanismos que promovam a diminuição dos níveis sonoros, levando-os a valores aceitáveis presentes nas normas e legislações específicas¹,².  


Tais mecanismos podem ser adotados para a obtenção da redução sonora, como o uso de vegetação densa, adoção de pisos “macios” mais absorventes, distanciamento das edificações, e criação de barreiras acústicas¹,². Neste último, a adoção do material e altura devem ser bem estudados para uma redução sonora eficiente nas mais diversas frequências que compõem o ruído.


Fonte: http://www.gradadm.ifsc.usp.br/dados/20142/FFI0210-1/Controle%20de%20Ruido.pdf


O uso de vegetação para atenuação sonora deve ser feito considerando as condições da copa e altura, optando por espécies mais densas. Além disso, também deve se observar a cobertura vegetal do solo, fator que contribui para a redução das reflexões sonoras, aumentando o poder de atenuação desejado¹.  


As condições ambientais também interferem nas soluções em atenuação sonora em meio externo, isto é, o gradiente de temperatura e de movimento do ar devem ser analisados antes das especificações. Isso também se aplica na adoção das barreiras acústicas, o cuidado deve ser especialmente com a direção do vento, para seu efeito não seja diminuído².

 








¹ SOUZA, L. C. L.; ALMEIDA, M. G.; BRAGANÇA, L. Bê-á-bá da Acústica Arquitetônica. 4ed. São Carlos: EDUFSCAR, 2012.

² BISTAFA, S. R. Acústica aplicada ao controle do ruído. 2ed. São Paulo: Editora Blutcher, 2011.  

Fonte da imagem do início: https://www.aecweb.com.br/prod/e/barreira-acustica_2918_38298

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